Geroarquitetura: Os benefícios de desfrutar de ambientes pensados para a maturidade

O envelhecimento é um processo natural, gradual e inevitável! Além das adaptações necessárias relacionadas ao estilo de vida, é importante pensar nas melhorias que podem ser feitas nos ambientes frequentados pelos maduros.

Foi nesse contexto que surgiu a GEROARQUITETURA: uma área que absorve conceitos da neuroarquitetura para desenvolver espaços confortáveis, práticos, funcionais e bonitos para o público maduro. Tem como base três fundamentos: bem-estar, autonomia e flexibilidade e pode ser incorporado em qualquer ambiente voltado aos maduros, principalmente em suas próprias residências.

Esta é uma área que ainda está em crescimento, e que tem por objetivo tratar das necessidades específicas do público 60+, fornecendo mais independência e autonomia para acompanhar o processo do envelhecimento.

É normal que pessoas dessa faixa etária comecem a enfrentar alterações físicas, cognitivas, visuais, auditivas e de mobilidade. Sendo assim, é preciso pensar em uma arquitetura que permita que elas continuem a realizar suas tarefas e atividades cotidianas com facilidade e segurança.

Ao adquirir uma casa, por exemplo, é necessário que ela tenha uma infraestrutura básica que permita adaptações futuras de maneira simples, sem a demanda de muitas obras. Pensar dessa maneira é ter uma visão inteligente do projeto.

Alguns exemplos da aplicação da Geroarquitetura:

– Os projetos podem incorporar recursos que facilitem a mobilidade, como rampas, corrimãos, elevadores, portas mais largas e banheiros acessíveis, garantindo que os maduros possam se locomover com mais facilidade e independência.

– Ambientes projetados para o público 60+ podem minimizar riscos de quedas e acidentes por meio de iluminação adequada e superfícies antiderrapantes, por exemplo.

– Espaços com boa ventilação, iluminação natural e sistemas de climatização adequados podem melhorar o conforto e o bem-estar dos idosos.

– Projetos arquitetônicos que incorporam áreas de convivência e espaços para atividades sociais podem estimular a interação entre os residentes, reduzindo o isolamento social.

– A arquitetura pode ser planejada para estimular a cognição, por exemplo, através do uso de cores, materiais e layouts que promovam a orientação espacial.

– Projetos que permitam o contato com a natureza, como jardins e espaços ao ar livre, podem ser benéficos para a saúde física e mental dos idosos.

Projetar para o envelhecimento é muito mais que simplesmente seguir normas: é sobre mudar vidas e promover experiências, felicidade e bem-estar!

Texto revisado por: Julia De Stéfani Cassiano, Médica Oncologista Clínica pela Universidade de São Paulo USP-SP Co-Fundadora da Bem te quero 60+. CRM 157519-SP

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