Perda auditiva neurossensorial: entenda o que é e os fatores de risco

Perda auditiva neurossensorial

A perda auditiva neurossensorial é uma condição de impacto significativo, especialmente em pessoas com mais de 60 anos. Essa forma de deficiência compromete a audição e a compreensão de sons, afetando o cotidiano e as relações interpessoais. Entender suas causas, sintomas e opções de tratamento é fundamental para uma abordagem eficaz.

Este artigo explora os principais fatores relacionados a essa condição, esclarecendo como reconhecê-la e tratá-la adequadamente.

O que é a perda auditiva neurossensorial?

O que é a perda auditiva neurossensorial?

A perda auditiva neurossensorial é caracterizada pelo comprometimento das células sensoriais localizadas no ouvido interno ou do nervo auditivo, responsável por conduzir os sinais sonoros ao cérebro. Essa condição pode ser congênita, causada por fatores genéticos presentes desde o nascimento, ou adquirida, desenvolvendo-se ao longo da vida devido a fatores como envelhecimento, doenças ou traumas auditivos.

Essa forma de perda auditiva não apenas reduz a capacidade de ouvir, mas também afeta a qualidade do som percebido, dificultando a compreensão da fala e de outros estímulos sonoros. Nas pessoas acima dos 60 anos, é frequentemente associada à presbiacusia, a qual é a diminuição natural da audição com o passar do tempo.

Causas da perda auditiva neurossensorial

Existem diferentes causas que podem causar e/ou acelerar a perda auditiva, dentre elas, é possível destacar:

Exposição a ruídos

A exposição prolongada a ambientes barulhentos ou a sons intensos, como em fábricas, shows ou uso inadequado de fones de ouvido, é uma das principais causas de danos ao ouvido interno. Além disso, ruídos de impacto, como explosões ou tiros, podem causar trauma acústico imediato e irreversível.

Causa genética

Alterações genéticas podem predispor o indivíduo à perda auditiva ao longo da vida. Em muitos casos, a herança familiar influencia diretamente a sensibilidade do sistema auditivo a fatores externos ou internos.

Infecções

Doenças como meningite, caxumba e rubéola são exemplos de infecções que podem afetar o ouvido interno, causando inflamações resultantes em danos permanentes às estruturas sensoriais.

Doenças autoimunes

Algumas doenças autoimunes, como a síndrome de Cogan, podem atacar as células do ouvido interno, causando perda auditiva progressiva e frequentemente irreversível.

Uso de medicamentos

Certos medicamentos, como antibióticos ototóxicos e quimioterápicos, possuem efeitos colaterais que danificam as células do ouvido interno. O acompanhamento médico rigoroso é essencial para minimizar esse risco.

Trauma acústico

Traumas causados por explosões, tiros ou até mesmo lesões físicas diretas ao crânio podem afetar gravemente o ouvido interno, resultando em perda auditiva neurossensorial.

Quais os principais sintomas da perda auditiva neurossensorial?

Quando o processo de perda auditiva está se iniciando, alguns sintomas podem aparecer, dando sinal da perda. Dentre os sintomas, estão:

Zumbido

Sons como apitos, chiados ou cliques constantes são comuns em pessoas com perda auditiva neurossensorial. O zumbido, muitas vezes contínuo, pode ser extremamente incômodo e prejudicar o bem-estar.

Sensação de pressão no ouvido

Pessoas com essa condição frequentemente relatam uma sensação de ouvido “cheio” ou de pressão constante, que pode ser desconfortável e comprometer a percepção sonora.

Dificuldade de entender a fala

Embora a pessoa consiga ouvir sons, a compreensão da fala, especialmente em ambientes barulhentos, torna-se desafiadora, dificultando a comunicação.

Dificuldade para ouvir sons suaves

Sons baixos ou sutis, como sussurros ou ruídos ambientais, deixam frequentemente de ser percebidos por quem sofre dessa condição.

Qual profissional procurar ao sentir os sintomas?

Qual profissional procurar ao sentir os sintomas

Ao perceber sinais de perda auditiva, é essencial buscar a orientação de um otorrinolaringologista. Esse especialista é capacitado para realizar exames como audiometria, que avalia a extensão da perda auditiva, e indicar o tratamento mais adequado. O fonoaudiólogo também desempenha um papel importante na reabilitação, auxiliando na adaptação ao uso de aparelhos auditivos ou outros dispositivos.

Quais são as opções de tratamento?

O tratamento para perda auditiva deve ser personalizado, ou seja, deve considerar cada caso individualmente. Algumas das opções que podem ser indicadas pelo médico especialista, são:

Aparelhos auditivos

Esses dispositivos são a opção mais comum para compensar a perda auditiva. Eles amplificam os sons, ajustando-se às necessidades individuais do usuário.

Implantes Cocleares

Indicados para perdas auditivas severas, os implantes cocleares substituem a função do ouvido interno, transformando sons em estímulos elétricos enviados diretamente ao nervo auditivo.

Reabilitação auditiva

O processo de reabilitação inclui exercícios e estratégias que auxiliam a pessoa a se adaptar às suas novas condições auditivas, melhorando a comunicação e a qualidade de vida.

Cirurgia

Embora menos comum, a intervenção cirúrgica pode ser recomendada em casos específicos, como lesões estruturais no ouvido interno.

Conclusão

A perda auditiva neurossensorial é uma condição desafiadora, mas que pode ser gerenciada com o diagnóstico precoce e o tratamento adequado. Consultar especialistas ao primeiro sinal de dificuldade auditiva e explorar as opções de tratamento disponíveis são passos cruciais para preservar a qualidade de vida. Investir na saúde auditiva é investir em bem-estar e autonomia.

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Texto revisado por:

Thais Danelon, fonoaudióloga pela Universidade de São Paulo USP-Ribeirão Preto, Especialista em audiologia pelo CFFa, pós graduada pela USP-Bauru e UNICAMP. Proprietária e fonoaudióloga da Reviver Soluções Auditivas

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