Fatores de risco do câncer colorretal, sinais e sintomas

Fatores de risco do câncer colorretal

O câncer colorretal, classificado entre as principais causas de morte por câncer globalmente, apresenta uma incidência elevada em pessoas acima dos 60 anos. A detecção precoce deste tipo de câncer pode melhorar as taxas de sucesso do tratamento. Portanto, um conhecimento sobre os fatores de risco associados, bem como a identificação de seus sinais e sintomas, é imprescindível. 

Neste conteúdo, abordaremos o que é o câncer colorretal, discutindo seus principais fatores de risco, detalhando os sinais e sintomas mais comuns e fornecendo orientações sobre como reduzir o risco de desenvolvimento da doença.

O que é câncer colorretal?

O câncer colorretal é uma das formas mais comuns de câncer e afeta tanto o cólon quanto o reto, partes fundamentais do sistema digestivo inferior. Este tipo de câncer começa geralmente com o desenvolvimento de pólipos adenomatosos nas paredes internas do cólon ou do reto. Os pólipos são inicialmente benignos, mas alguns podem se transformar em malignos ao longo do tempo.

O processo de transformação de pólipos benignos em malignos não ocorre de maneira uniforme e pode levar vários anos. Durante esse período, as alterações celulares nos pólipos podem evoluir silenciosamente, sem apresentar sintomas evidentes. É por isso que o rastreamento regular é tão importante por poder detectar esses pólipos antes que eles se tornem malignos.

O diagnóstico precoce auxilia diretamente no aumento das chances de cura com o tratamento adequado. Quando detectado no início, o câncer colorretal pode ser tratado de maneira eficaz, com a remoção cirúrgica da lesão maligna em estágios iniciais.

Fatores de risco do câncer colorretal

Fatores de risco do câncer colorretal

História familiar e genética

O risco de desenvolver câncer colorretal é aumentado em casos onde familiares de primeiro grau que já apresentaram a doença. Além disso, existem condições genéticas, como a polipose adenomatosa familiar (PAF) e a síndrome de Lynch (câncer colorretal hereditário não poliposo), que elevam o risco de câncer colorretal devido a mutações hereditárias que afetam a capacidade do corpo de reparar o DNA danificado nas células.

Condições inflamatórias do intestino

Doenças Inflamatórias Intestinais, como a colite ulcerativa e a doença de Crohn, podem aumentar o risco de câncer colorretal, dependendo da duração e da gravidade da inflamação, o que sugere que a inflamação contínua pode contribuir para o desenvolvimento de células cancerosas no cólon e no reto.

Dieta e estilo de vida

Uma dieta rica em gorduras, com excesso de carne vermelha e pobre em fibras, associada ao sedentarismo, são fatores de risco bem conhecidos para o desenvolvimento de câncer colorretal. O consumo excessivo de álcool e o tabagismo também contribuem para o aumento do risco, destacando a importância de um estilo de vida saudável.

Condições de saúde

A obesidade e o diabetes tipo 2 são condições de saúde que podem aumentar o risco de câncer colorretal.

Sinais e sintomas do câncer colorretal

Geralmente, o câncer colorretal começa sem manifestar sintomas específicos, o que pode fazer com que a doença passe despercebida por um longo período. À medida que o câncer progride, certos sintomas podem aparecer, incluindo sangramento retal, especialmente durante a evacuação, presença de sangue nas fezes, anemia inexplicada e sintomas de fadiga e fraqueza.

Mudanças frequentes nos padrões intestinais, como diarreia ou constipação, são alguns dos primeiros sinais a serem notados e podem sugerir a necessidade de uma avaliação mais abrangente. É importante notar, no entanto, que muitos desses sintomas também são típicos de outras condições médicas, exigindo uma análise criteriosa por parte de um profissional de saúde qualificado. 

Como diminuir o risco de câncer colorretal?

Como diminuir o risco de câncer colorretal?

As estratégias para redução do risco da doença incluem evitar fatores de risco e adotar medidas de detecção precoce. É importante manter os exames em dia, especialmente a partir após os 60 anos, e buscar ajuda médica antes do problema aparecer.

Os exames de rastreamento são indicados para todos a partir dos 45 anos e devem ser realizados antes que a pessoa perceba sinais e sintomas da doença. A colonoscopia é o exame de escolha para o rastreamento do câncer colorretal e permite a detecção de lesões pré-malignas, além do diagnóstico do câncer em estágio inicial.

Indivíduos com histórico familiar de câncer de colorretal ou que têm doenças inflamatórias intestinais devem manter uma atenção redobrada, iniciando a triagem mais cedo, conforme orientação médica individualizada.

Adotar um estilo de vida saudável eliminando o tabagismo e reduzindo o consumo de álcool, manter uma dieta rica em fibras e alimentos naturais, praticar atividades físicas regulares e manter um peso corporal adequado, são práticas que contribuem para a saúde intestinal e, consequentemente, para a prevenção do câncer colorretal.

Conclusão

O câncer colorretal é uma doença grave, mas com potencial para prevenção e tratamento eficaz, especialmente quando detectado precocemente. Estar informado sobre os fatores de risco e sinais de alerta ajuda a manter a saúde. 

Mudanças no estilo de vida e rastreamentos regulares são estratégias que ajudam a reduzir o risco. Portanto, consulte regularmente um médico e discuta quais medidas preventivas são mais indicadas para seu caso específico.

Conheça a Bem te quero+: uma plataforma que fortalece a nova geração de maduros

Referências

Hospital Israelita Albert Einstein. Blog Vida Saudável. Disponível em: https://vidasaudavel.einstein.br/cancer-colorretal-fatores-de-risco-e-a-importancia-do-rastreamento/. Acesso em: 07/05/2024.

A.C, Camargo. Câncer Center. Câncer de cólon e reto: conheça os fatores de risco, sinais e sintomas. Disponível em: https://accamargo.org.br/sobre-o-cancer/noticias/cancer-de-colon-e-reto-conheca-os-fatores-de-risco-sinais-e-sintomas. Acesso em: 07/05/2024.

Texto revisado por:

Julia De Stéfani Cassiano
Médica oncologista clínica
Co-Fundadora da Bem te quero+

Deixe um comentário