Quais são os sintomas da ansiedade em idosos e como tratar?

ansiedade em idosos

A ansiedade é um problema de saúde mental que afeta pessoas de todas as idades, mas é muitas vezes subestimada e negligenciada quando se trata de pessoas idosas. Isso porque, os sintomas de ansiedade em idosos podem ser facilmente confundidos com aspectos naturais do envelhecimento ou problemas de saúde física. 

Por isso, neste artigo, exploraremos os principais sintomas da ansiedade em pessoas idosas e discutiremos as principais causas por trás desse problema. 

Quais são as principais causas da ansiedade em idosos?

A ansiedade em pessoas acima dos 60 anos pode ser desencadeada por uma variedade de causas. Dessa forma, compreender as causas subjacentes é essencial para o diagnóstico e tratamento adequados. Saiba as mais comuns:

  • Solidão e isolamento social: A solidão é um problema significativo entre os mais experientes, e o isolamento social pode levar a sentimentos de ansiedade, depressão e estresse. A falta de interação social regular pode resultar em um aumento na preocupação e na inquietação.
  • Problemas de saúde crônicos: Muitas pessoas idosas enfrentam problemas de saúde crônicos, como doenças cardíacas, diabetes ou artrite. Isso porque a preocupação constante com a saúde e o medo de complicações podem contribuir para a ansiedade.
  • Perda de entes queridos: O falecimento de amigos próximos, cônjuges ou familiares pode ser uma das experiências mais angustiantes na vida dos mais maduros. Ou seja, o luto e a tristeza que acompanham a perda podem desencadear sintomas de ansiedade.
  • Preocupações financeiras: As preocupações com o dinheiro e a segurança financeira são comuns e essa incerteza em relação às finanças pessoais pode criar quadros de estresse e ansiedade.
  • Transições de vida: Mudanças significativas na vida, como aposentadoria, mudanças de moradia ou a transição para um lar de idosos, podem desencadear ansiedade devido à adaptação a novos ambientes e rotinas.
  • Declínio cognitivo: O declínio da função cognitiva é uma preocupação comum entre os mais maduros. Assim, a ansiedade pode surgir à medida que eles se preocupam com a perda de memória ou habilidades mentais.
  • Preocupações com a mortalidade: A conscientização da finitude da vida pode ser assustadora para muitos, levando a preocupações persistentes.
  • Efeitos colaterais de medicamentos: Alguns medicamentos prescritos para as pessoas idosas podem ter efeitos colaterais que incluem ansiedade, agitação e nervosismo.
  • Histórico de transtornos de ansiedade: Pessoas que têm um histórico de transtornos de ansiedade ao longo da vida têm maior probabilidade de desenvolver ansiedade após os 60 anos.
  • Estresse relacionado a eventos traumáticos do passado: Eventos traumáticos experimentados, como guerras, desastres naturais ou abuso, podem causar ansiedade duradoura nos mais maduros.

Ansiedade em idosos: sintomas

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A ansiedade em pessoas idosas pode se manifestar de várias maneiras, e os sintomas podem variar de uma pessoa para outra. No entanto, alguns sintomas comuns incluem:

  • Preocupação excessiva: as pessoas idosas com ansiedade tendem a se preocupar constantemente com coisas do dia a dia, como saúde, finanças ou relacionamentos com pessoas próximas.
  • Inquietação: a inquietação pode se manifestar como um desejo de sempre estar ocupado ou ocupar a mente com atividades para evitar pensamentos ansiosos.
  • Tensão muscular: a ansiedade pode causar tensão muscular, resultando em dores e desconforto físico.
  • Irritabilidade: as pessoas idosas com ansiedade podem ficar facilmente irritadas, o que pode afetar seus relacionamentos interpessoais. No senso comum é de costume dizer que os mais experientes possuem menos paciência, mas podem ser sintomas da ansiedade.
  • Insônia: a dificuldade em adormecer ou manter um sono reparador é um sintoma muito comum de ansiedade.
  • Fadiga: a ansiedade pode ser mentalmente exaustiva e levar à fadiga crônica do corpo e da mente.
  • Dificuldade de concentração: o quadro ansioso pode prejudicar a capacidade de concentração e tomada de decisões.
  • Medo excessivo: pessoas idosas com ansiedade podem ter medos irracionais, como medo de sair de casa, de multidões ou de situações sociais.
  • Sintomas físicos: a ansiedade pode manifestar-se por meio de sintomas físicos, como sudorese, tremores, palpitações cardíacas e falta de ar.

Como tratar a ansiedade?

O tratamento da ansiedade em pessoas idosas desempenha um papel fundamental na melhoria da qualidade de vida e do bem-estar dessa população. Assim, diversas abordagens eficazes estão disponíveis para lidar com a ansiedade em pessoas acima dos 60 anos de idade.

Avaliação médica

A primeira etapa desse processo é uma avaliação médica completa. Isso é essencial para descartar qualquer causa física subjacente que possa estar contribuindo para os sintomas de ansiedade, como problemas de tireoide ou efeitos colaterais de medicamentos. Sendo assim, uma vez confirmado o diagnóstico de ansiedade, o médico pode desempenhar um papel fundamental na determinação do tratamento apropriado.

Terapia Cognitivo-comportamental

Uma das abordagens terapêuticas mais amplamente utilizadas é a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC). Essa modalidade terapêutica é reconhecida como eficaz no tratamento da ansiedade em pessoas de todas as idades, incluindo os mais maduros. Sendo assim, a TCC auxilia na identificação de pensamentos negativos e padrões de comportamento que contribuem para a ansiedade, proporcionando ferramentas para modifica-los.

Além disso, em alguns casos, o uso de medicamentos pode ser considerado para aliviar os sintomas. É fundamental que trabalhem em estreita colaboração com um médico para determinar qual medicamento é mais apropriado, levando em consideração possíveis interações com outros medicamentos que possam estar tomando.

Exercícios físicos

A prática regular de exercícios e atividades físicas também é uma estratégia eficaz no tratamento da ansiedade. Assim, pessoas idosas ao se envolverem em atividades como, por exemplo, caminhadas, yoga, tai chi ou outras formas de exercício têm maiores benefícios para o bem-estar mental.

Boa alimentação

Mudanças na dieta e no estilo de vida podem ter um impacto positivo no controle da ansiedade. Dessa forma, manter uma alimentação equilibrada e reduzir o consumo de cafeína e álcool são medidas que podem ajudar a reduzir os sintomas. Práticas de relaxamento, como meditação e técnicas de respiração profunda, também se mostraram úteis nesse cenário.

Apoio social

Outra estratégia importante é o apoio social. Manter conexões sociais é vital para combater a solidão e o isolamento, que podem agravar o quadro ansioso. Ou seja, participar de grupos comunitários, envolver-se em atividades de voluntariado e se engajar em iniciativas que promovam a interação social são maneiras eficazes de melhorar o bem-estar emocional e reduzir a ansiedade.

Por fim, as causas da ansiedade em idosos são diversas, mas o tratamento está disponível e pode melhorar significativamente a qualidade de vida. A combinação de abordagens terapêuticas, mudanças no estilo de vida e apoio social podem ser eficazes na gestão da ansiedade.

Plataformas como “Bem Te Quero 60+” oferecem um recurso adicional, fortalecendo a capacidade de lidar com os desafios das pessoas acima dos 60 anos e ajudando a promover um envelhecimento saudável e feliz.

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Texto revisado por: Julia De Stéfani Cassiano, Médica Oncologista Clínica pela Universidade de São Paulo USP-SP Co-Fundadora da Bem te quero 60+. CRM 157519-SP

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